TESTES PSICOLÓGICOS
AVALIAÇÃO DE EDUCANDO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
[1]SOUZA, Vera Lúcia Pereira de.
Nome do educando: F. N.
Idade: 18
Segundo Pasquali (2001) há testes psicológicos
para avaliar a capacidade mental geral, divididos em três subcategorias fundamentais:
testes de inteligência, aptidão e aproveitamento:
• Os testes de inteligência
destinam-se a avaliar o potencialidade intelectual, e não o aprendizado prévio
ou o conhecimento acumulado.
• Os testes de aptidão são projetados para examinar o potencial do conhecimento, dividindo a capacidade mental em diferentes componentes, avaliando o talento para tipos particulares de aprendizado, tipos particulares de capacidade mental, tais como capacidade numérica, rapidez e precisão em trabalho de escritório, raciocínio mecânico e raciocínio espacial.
• Os testes de aproveitamento apresentam um foco particular, medindo o aprendizado prévio e não o potencial. Podem afetar o domínio e o conhecimento de uma pessoa sobre deferentes assuntos, tais como leitura, inglês e história.
Os testes psicológicos são uma a
medida unificada de uma amostra do comportamento de uma pessoa, instrumentos de
mensuração empregados para medir as diferenças individuais entre as pessoas com
relação a capacidades, aptidões, interesses e aspectos de personalidade. Mas os
resultados não devem ser analisados como a palavra decisiva sobre a
personalidade. Competirá ao psicólogo, primeiramente interrogar se, de fato, a
criança apresenta deficiência intelectual ou se seu rendimento não satisfaz as
expectativas de seu professor. Na maioria das vezes, um desenvolvimento não
correto nem sempre acusa alguma patologia, podendo refletir dificuldades
pessoais de modo eminentes circunstanciais. Infelizmente, as famílias só são
mobilizadas a buscar ajuda especializada para suas crianças quando fica
evidente ou ameaçado o rendimento escolar e a aprendizagem. Mas nem sempre buscam
o apoio correto, ou temem algum estigma cultural, qualquer coisa parece servir,
desde que não seja um profissional da psicologia. (PASQUALI, 1999).
Segundo os professores de F. N., o
mesmo esta apresentando um bom desenvolvimento, sendo que o mesmo já consegue
fazer algumas atividades de AVDS (Atividades de Vida Diária) e AVPS (Atividades
de Vida Prática). Continua tendo acompanhamento do médico psiquiatra,
psicológico, terapêutico e terapia ocupacional.
Em entrevista com os pais, os mesmos
relataram que F. N., esta apresentando bastante desenvolvimento e que já faz
muitas atividades que não fazia antes.
Na entrevista com os pais, percebi que mesmo na
simplicidade das palavras dos pais, eles entendem o objetivo do Atendimento
Educacional Especializado que é propiciar condições e liberdade para que o educando
com deficiência intelectual possa construir a sua inteligência, dentro do
quadro de recursos intelectuais que lhe é disponível, tornando-se atuante apto
de produzir significado/conhecimento.
Resultado e Nome dos
Testes de Inteligência
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Local da Observação/data
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Funcionamento intelectual
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Comportamento adaptativo
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Tipo e intensidades de
apoio
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F. N., foi avaliado com o Teste de BUHLER / HERTZER, segundo avaliação
F. N. apresenta o quociente de inteligência de uma criança de 6 meses e 15
dias. Durante o período de avaliação permaneceu sério, não sorriu, bateu
palmas e balbuciou, seguiu estímulos visuais e auditivos. Foi encaminhado
para o Setor de Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Fonoaudiologia.
F. N. apresenta funcionamento intelectual significativamente abaixo da
média, é tomado o desempenho que apresenta mais de dois desvios padrões média
dos testes de inteligência.
Atualmente F. N. esta tendo acompanhamento do Médico Psiquiatra.
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Escola de Educação
Especial “Novo Amanhecer” – APAE de Nova Aurora.
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F.
N. Apresenta “Funcionamento intelectual significativamente inferior a media,
com manifestação antes dos 18 anos e limitações associadas as duas ou mais
áreas das habilidades adaptativas: comunicação, cuidado pessoal,
habilidades sociais, utilização dos recursos da comunidade, saúde e
segurança, habilidades acadêmicas, lazer e trabalho”. (Educacenso – caderno de
instruções 2007, p.39).
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O diagnóstico da
deficiência intelectual só pode ser concretizado, se a pessoa tiver seu
funcionamento intelectual significativamente inferior à média e, apresentar
limitações associadas a duas ou mais áreas referentes ao comportamento
adaptativo, o qual, refere-se à comunicação, ao cuidado pessoal, às
habilidades sociais, à utilização da comunidade, às habilidades acadêmicas, à
independência na locomoção, ao auto-cuidado, ao lazer e ao trabalho
(LUCKASSON et al, 2002).
Comunicação:
a habilidade em se comunicar teve uma melhora gradativa. Como pudemos
observar nos encontros, as inter-relações estabelecidas entre os educandos e
professor evidenciam essa afirmação. Ao final da entrevista, diferentemente,
do que ocorreu no início, passou a entender algumas regras de condutas.
Acredito que isso foi resultado da insistência em fazer que F. N. entendesse
as perguntas.
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F.
N. necessita de apoio Permanente (Constante)
É o apoio constante e
intenso, necessário em diferentes áreas de atividade da vida. Estes apoios
exigem mais pessoal e maior intromissão que os apoios extensivos ou os de
tempo limitado.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Educacenso – Caderno de
Instruções, 2007.
LUCKASSON,
R. et al. Mental retardation: Definition, classification and systems of
supports. 10 ed. Washington,
DC: American Association on Mental Retardation, 2002.
PASQUALI, L. Técnicas de Exame
Psicológico – TEP. São Paulo; Casa do Psicólogo / Conselho Federal de
Psicologia, 2001.
PASQUALI, L. Instrumentos
psicológicos: manual prático de elaboração. Brasília; LabPAN / IBAPP, 1999.
PATTO, Maria Helena Souza. A
criança da escola pública: deficiente, diferente ou mal trabalhada? Palestra
Ciclo Básico – 1985. Secretaria do Estado e da Educação. SP, 1987.
[1] Psicopedagoga,
Assistente Social, Pedagoga, Especialista em Profissionalização da Pessoa com
Deficiência, Especialista em Magistério Superior. Atua na educação há 33 anos.
Atua na Educação Especial – Deficiência Intelectual há 20 anos.
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