PROJETO
A ARTE DA GRAVURA E XILOGRAVURA
SOUZA, Vera Lúcia Pereira de Souza
APRESENTAÇÃO
Xilogravura
ou xilografia é a técnica de gravura na qual se usa a madeira como matriz e
permite a cópia da imagem impressa sobre o papel ou outro suporte apropriado.
É um processo muito semelhante com
um carimbo.
É uma técnica em que se esculpe na
madeira, com ajuda de um instrumento cortante, a figura ou forma (matriz) que
se deseja imprimir.
Após este procedimento, usa-se um
rolo de borracha embebida em tinta, atingindo só as partes altas do entalhe.
O final do processo é a impressão
em alto relevo em papel ou pano especial, que fica penetrado com a tinta,
aparecendo a figura.
Entre
as suas variações do suporte pode-se gravar em linóleo
(linoleogravura) ou qualquer outra superfície lisa. Além de mudanças dentro da
técnica, como a “xilogravura de topo”.
Assim, como a arte não tem
limites, pretendo ensinar aqui uma técnica incrível e muito simples aos alunos
do 7º ano do Colégio Estadual do Campo Pedro Viriato Parigot da Souza. É a
gravura alternativa, um jeito que “copia” a xilogravura, mas, na verdade é uma
impressão feita com isopor.
Aproveitando a atividade
reciclando material que seria jogado fora. Logo, protegendo o nosso Lar Terra.
Também, apresentarei, por meio de
vídeos e textos da internet, um relato da Artista completa Maria Bonomi.
OBJETIVO
-
Descrever a história da xilografia e materiais utilizados na sua produção;
- Enfocar
a importância da xilogravura e seu subsidio econômico na ressocialização dos
alunos do 8º ano foco deste projeto;
-
Desenvolver, por meio das atividades, nos alunos a preocupação com o nosso Lar
Terra, a partir da reciclagem;
-
Apreciar o objeto estético em suas diversas linguagens
-
Utilizar-se da gravura como meio de expressão, comunicação e informação
CONTEÚDOS
- A
linguagem da gravura.
- Maria
Bonomi
artista completa.
ANO
8º
TEMPO
ESTIMADO
Durante o
semestre.
MATERIAL
NECESSÁRIO
-
Guache de várias cores;
-
Folhas brancas e coloridas;
-
Pincéis;
- Um
rolinho de espuma;
-
Tesoura;
-
Bandejinhas de isopor (daquelas de frios);
-
Palito de churrasco ou lápis;
-
Computadores com acesso à internet.
DESENVOLVIMENTO
PRIMEIRA
PARTE
Habilidades e capacidade de Maria Bonomi:
Gravadora, escultora, pintora, muralista, curadora, figurinista, cenógrafa,
professora.
Maria Anna Olga Luiza Bonomi chegou ao Brasil
no ano de 1946, estabeleceu-se na cidade de São Paulo. A partir daí começou a
estudar pintura e desenho com Yolanda
Mohalyi (1909-1978), em 1951, e com Karl Plattner (1919-1989), em 1953. Em 1954,
inicia-se em gravura com Lívio
Abramo (1903-1992). (OLIVEIRA, 2008).
Realiza a sua primeira exposição individual em São
Paulo, em 1956. No ano de realização de sua primeira exposição, recebe bolsa de
estudos da Ingram-Merrill Foundation e estuda no Pratt Institute Graphics
Center, em Nova York, com o pintor Seong Moy
(1921-2013). Em paralelo, Maria Bonomi cursa gravura com Hans Müller e teoria
da arte com Meyer Schapiro
(1904-1996), na Columbia University, também em Nova York. (OLIVEIRA, 2008).
Quando retorna ao Brasil, frequenta a Oficina de
Gravura em Metal com Johnny Friedlaender
(1912-1992), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ, em 1959.
(OLIVEIRA, 2008).
Em 1960, em São Paulo, funda o Estúdio Gravura, com Lívio Abramo, de quem é ajudante até
1964. A partir dos anos 1970, Maria Bonomi passa a dedicar-se também à
escultura. Produz painéis de grandes dimensões para ambientes públicos.No ano
de 1999, defende a tese de doutorado intitulada Arte Pública -Sistema
Expressivo/Anterioridade, na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de
São Paulo - ECA/USP. (OLIVEIRA, 2008).
REPORTAGENS – MARIA BONOMI
As
reportagens a seguir, serão repassadas aos alunos do 8º ano, por meio do
computador com acesso à internet.
SEGUNDA PARTE
A gravura é uma das linguagens mais
antigas da história da humanidade. Suas origens remetem à Pré-história, quando
o homem comprimiu as mãos sujas de terra ou de sangue contra as paredes das
cavernas, gravando assim a marca da sua presença na superfície da pedra.
Assim, será repassado aos alunos o vídeo: “Aula de
impressão de gravura por Roberto Grassmann”. Em
mais de 40 anos dedicados à gravura, passaram pela prensa de Roberto Grassmann
as obras dos principais gravadores do país. Vídeo disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=mGYocMW4bJ8>.
Duração: 15’26”.
Logo,
será explicado a turma do 8º ano que, a gravura envolve dois conceitos básicos: a gravação e a impressão.
O
vídeo: “Impressões - A Arte Comentada de Roberto Grassmann (3 de
4”). Fala da impressão de gravura, explica de maneira bem prática essa técnica.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=wR5-X6G11Pk>.
Duração: 10’01”.
Em seguida, será
explanado para a turma que, a matriz é
o material de passagem ou talhado que se poderá tintar (ou não) e que
permite passar a imagem criada para o papel, mediante a sua impressão ou
estampa em um determinado número de vezes (uma ou mais).
Assim,
será repassado aos alunos o vídeo: “Aula de impressão de gravura por Roberto
Grassmann”. Em mais de 40 anos dedicados à gravura,
passaram pela prensa de Roberto Grassmann as obras dos principais gravadores do
país. Vídeo disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=mGYocMW4bJ8>.
Duração: 15’26”.
Após,
será explicado a turma do 8º ano que, a gravura envolve dois conceitos básicos: a gravação e a impressão.
O
vídeo: “Impressões - A Arte Comentada de Roberto Grassmann (3 de
4”). Fala da impressão de gravura, explica de maneira bem prática essa técnica.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=wR5-X6G11Pk>.
Duração: 10’01”.
Logo, será explanado
para a turma que, a matriz é
o material de passagem ou talhado que se poderá tintar (ou não) e que
permite passar a imagem criada para o papel, mediante a sua impressão ou
estampa em um determinado número de vezes (uma ou mais).
Logo, quando um
ourives grava uma aliança, por exemplo, ele não estará criando uma matriz,
pois, a sua finalidade não é a de criar uma gravação que será reproduzida em
outro suporte.
Ainda, quando
pintamos, desenhamos ou esculpimos realizamos uma obra exclusiva. Assim, o atraente da gravura é a possibilidade
que ela oferece de ser multiplicada, ou seja, podemos conseguir cópias a partir
de um único exemplar. O processo de impressão pode se dar
com tinta ou sem tinta (a seco, explorando somente os relevos do plano).
TERCEIRA PARTE
Esta aula será dedicada ao estudo das texturas e sua representação gráfica.
Por meio do Texto:
Textura, disponível em link.: <http://douglasdim.blogspot.com.br/2011/09/textura.html>.
Será apresentada a turma uma breve introdução sobre o que são texturas. Ainda,
será repassado a turma que a texturas se se dividem, basicamente, em visuais
(as que percebemos apenas olhando) e táteis (as que conseguimos perceber também
tocando). Existe diversas maneiras de produzir texturas visuais: por meio de
fricção - frottage,
desenhando, pintando e até mesmo fotografando.
Após as explicações,
será solicitado aos alunos que façam um mostruário de frottages,
logo, que eles devem colocar uma folha de papel sobre uma textura tátil
e friccionar sobre ela um lápis ou giz de cera, extraindo assim, um decalque da
superfície. Será solicitado que, façam isso a partir de pelo menos 10
diferentes superfícies relativamente duras: plástico polionda (pastas), solado
de calçados (especialmente tênis), cascas de árvores, pedras, madeira
envelhecida, moedas, paredes, assim por diante.
Em seguida será
solicitado que, para a próxima aula pesquisem e tragam sugestões de histórias
curtas. Pode ser um conto de fadas, uma lenda, ou um conto, que queiram
ilustrar. Até mesmo cordel.
QUARTA PARTE
O
início da atividade será repassado a turma a importância de preservar o meio
ambiente, o cuidado com o nosso Lar Terra. Então, será solicitado a turma que
façam uma história a partir do vídeo que será repassado. O vídeo “Meio Ambiente (Conscientização) ”, feito em 2008,
exibido na semana de conscientização ambiental do SENAC SP, curso Técnico em
segurança do trabalho.
O vídeo é uma junção de outros vídeos do youtube
e greenpeace. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=4H1R3dSLjnw>.
Acesso em: 02 maio 2016.
Será repassado a
turma que, o importante é que elaborem um roteiro dividido em cenas e que, a
história tenha continuidade, começo, meio e fim.
Após definido o
roteiro, os alunos deverão transformar o roteiro em imagens, ou seja, cada cena
será transformada em uma gravura, formando uma sequência de no mínimo 5
imagens. A tarefa será criar as imagens que servirão de base para a elaboração
das matrizes.
Será lembrado aos
alunos que, gravura e textura podem manter uma relação muito próxima.
Será advertido aos
alunos que, como estarão trabalhando com uma técnica de gravação em relevo, na
gravura final tudo o que for linha ficará em branco e todo o restante ficará
com tinta.
QUINTA
PARTE
O preparo da matriz é
um período bastante importante. Para facilitar a impressão, corte o fundo das
bandejas de isopor com um estilete, deixando somente o fundo plano e
descartando as laterais.
As imagens criadas
devem ser transferidas para as bandejas, mas é importante que eles
entendam que deverão fazê-lo pelo verso da imagem, porque assim como em um
carimbo, se colocarmos a imagem na posição correta, ao ser impressa, obteremos
o resultado inverso (este detalhe é sobretudo importante para os casos em que
também usarem palavras). Por isso uma boa maneira para resolver o problema é
transferir a imagem a ser gravada para um papel translúcido (vegetal ou de
seda), de modo que ao transportar a imagem para o isopor se possa fazer isso
pelo avesso da folha. Para facilitar o trabalho poderá ser utilizado, também, um
papel carbono.
Após, resolvida a
transposição da imagem, é hora de afundar os sulcos o que poderá ser feito
empregando a ponta de uma caneta esferográfica, lembrando mais uma vez, que os
sulcos ficarão em branco, pois a tinta se depositará nas partes altas da
matriz.
Depois, com a matriz
solucionada será feita à impressão. Antes disso é preciso preparar os
registros. Denominamos registro a um tipo de gabarito, uma guia para saber em
que lugar será colocada a matriz para determinar qual será a posição da imagem
na folha. Essa será uma fase muito importante, pois, na gravura é essencial que
todas as cópias sejam dispostas do mesmo modo sobre o papel e, que saiam
iguais. Para fazer o registro é simples, basta ter uma folha de papel igual ou
maior do que o papel no qual será impressa a imagem e nela se deve posicionar a
matriz de modo a poder marcar a posição exata que, a gravura ocupará na folha
de papel (no caso de esta ser menor que a folha do registro).
Os alunos serão
orientados para que fixem a folha sobre a carteira utilizando fita adesiva,
isso evitará que o registro se movimente durante a impressão. Para imprimir,
basta aplicar a tinta (pode ser guache sem a adição de água) com o auxílio do
rolinho na superfície da matriz de isopor, já gravada.
Ainda, será repassado
que, é importante que a entintagem seja uniforme em toda a superfície, contudo
sem excessos. É importante que haja tinta apenas na superfície gravada e não
nas laterais ou mesmo em baixo da matriz. Gravura é algo que exige limpeza, por
isso é importante tomar bastante cuidado inclusive não tocar o papel com as
mãos sujas de tinta.
Realizadas todas as
impressões será possível compor a história, o que será feito em sala de aula,
após, realizando uma exposição dos trabalhos na escola, mostrando a nova
maneira de contar uma narrativa. Por meio deste exercício os alunos poderão ter
contato prático com os elementos básicos da linguagem visual (o ponto, a linha,
a forma, a textura) além de conhecer a linguagem da gravura e seu potencial
expressivo, criativo, comunicacional e multiplicador.
Ainda, os alunos
ficarão com o encargo de dar continuidade com as atividades de conscientização
da Comunidade Escolar sobre, a preservação do nosso Lar Terra a partir de
reciclagem de materiais.
AVALIAÇÃO
Com a ilustração da
narrativa, é possível observar o que a turma aprendeu sobre a linguagem da
gravura e suas aplicações. Assim, será levado em consideração o
empenho apresentado pelos alunos ao longo da execução do projeto bem como: a
organização dos grupos, o domínio de conteúdo, a criatividade, a
responsabilidade e a pontualidade.
Na culminância do projeto (Semana
do Meio Ambiente) será considerado o empenho e o envolvimento dos alunos na
elaboração e na apresentação das atividades realizadas para a comunidade
escolar interna.
(...) xilografia de topo, também denominada madeira em pé, não se utilizam
tábuas. O xilógrafo faz a matriz entalhando na superfície de um disco de
madeira obtido com o